terça-feira, fevereiro 20, 2007
Ao som dos clarins de Momo
Hã? Clarins?
Passei loooonge da folia. E devo ter engordado uns dois quilos. Mas tem baladinha básica sábado pra queimar calorias ao som de Elevation.
A esbórnia cinematográfica (afinal, é semana de Oscar) começou na quinta-feira. A Virág não tinha visto Babel ainda, e eu queria ver de novo. Minha opinião inicial sobre o filme não mudou - é cinema de primeira, com um elenco impecável, mas não tem a força do filme anterior do Iñarritú, 21 Gramas. E eu acho que a Academia não vai dar o prêmio de Melhor Filme dois anos seguidos para filmes com narrativas tão semelhantes (Robert Altman faz escola...).
Sexta, decidimos deixar o cinema pro Carnaval e chutar o balde das dietas (não que eu esteja fazendo uma... estou feliz com meus 50 quilinhos) na Cipó (é, o nome é esse mesmo), a melhor pizza da cidade. Os garçons não devem ter entendido nada do que entreouviram na mesa, mas...
Sábado, enquanto um milhão de pessoas torravam ao sol na Av. Guararapes, eu, Gal, e Marcos tivemos a chance de participar de um Hajnali Kakas (Galo da madrugada, em húngaro), na casa da Virág. Comidinhas húngaras à base de páprica, um vinho maravilhoso e uma sessão de Sunshine, filme que conta a história de três gerações de uma família na Hungria. Trio elétrico? I don't know what that means...
Domingo, assumi meu lado Peter Pan de saias e fui ver o filme novo da Turma da Mônica, com a Virág (thanks, dear... só você mesmo pra topar esses programas sem noção que eu proponho...), e depois me preparei psicologicamente pra sangueira de Apocalypto. Impecável tecnicamente (duplo uau pra fotografia) e muito bem dirigido pelo Mel Bloody Gibson, mas sinceramente, não era necessário aquele sangue todo... Não vi a Paixão de Cristo, mas posso afirmar que, em Coração Valente, a carnificina estava a serviço da história que era contada - como imaginar uma batalha no século 13 sem um banho de sangue?, enquanto que, em Apocalypto, a carnificina se torna a razão de ser da história. Não veria de novo... Ah, comentário inevitável: o tal Rudy Youngblood, que faz o Jaguar Paw, é mesmo um clone do Ronaldinho Gaúcho!! E por falar em Jaguar Paw, porque diabos os tradutores brasileiros deixaram os nomes dos personagens na versão em inglês, se o filme é falado em maia?? Que coisa mais sem sentido.
Anyway, ontem fomos ver A Rainha (segundo round pra mim), que deve dar um merecidíssimo Oscar de Melhor Atriz para Helen Mirren, que não interpreta Elizabeth II - se transforma nela. Fiquei pasma. Desde o Jim Morrison de Val Kilmer eu não via algo tão impressionante em termos de composição de um personagem real... e o Michael Sheen, que faz o Tony Blair, merecia uma indicação a coadjuvante.
Depois, a bobagenzinha Dreamgirls - que, como bem disse a Virág, nem se compara aos espetaculares Moulin Rouge e Chicago. Eu esperava uma bomba (talvez por preconceito com a "bunda rebolante", como disse o Marcos, da Beyoncé), mas nem é tão ruim assim. A interpretação visceral da Jennifer Hudson vale o ingresso - e quem tem familiaridade com o cenário musical dos anos 70 vai cair de rir com as referências (a dos Jackson Five, particularmente, é hilária).
Hoje eu e a Vi fomos ver Cartas de Iwo Jima. Clint Eastwood acerta na mosca de novo - o filme é um contraponto perfeito a Conquista da Honra (só pecou por não ter mostrado a cena da bandeira de forma mais impactante...), e é melhor que o primeiro, com um roteiro menos apelativo e uma montagem mais enxuta (aquele corta-corta de Conquista estava me irritando profundamente). Sem contar que Ken Watanabe coloca os três protagonistas de Conquista no chinelo... outra injustiça da Academia!
E nem vou falar do episódio duplo de 24 Horas, que me deixou sem fôlego. Ninguém merece o Papai Bauer!!!
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Viviane at 9:24:00 PM
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