segunda-feira, janeiro 28, 2002

 

Bom, o próximo capítulo vai ser escrito de casa. Preciso fazer zilhões de coisas na sexta (como ligar pra Winnie!), e já começo a trabalhar sábado. Vou deixar o resto das histórias, como o sábado à noite no Bexiga e a missa fantástica no Mosteiro de São Bento, pra contar depois.

Expe, Gil, quero ver vocês logo!!! Marquem alguma coisa e me avisem!!!

That's all, folks :)

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Diário de Viagem, Capítulo Final

Nossa, isso soou tão Sexta-Feira 13. Cruzes.

Toca "Why don't you get a job", do Offspring, aqui no cybercafé, e eu oscilo de um lado pro outro da cadeira com a música. Devo ser completamente maluca. E descobri que tem um MP3 player em modo random dentro da minha cabeça. Ando com os troços mais esquisitos rodando no juízo.

Bom, o último fim de semana em Sampa foi tudo. Caminhada histórica pelas ruas de SP na sexta, comemorando o aniversário da cidade. Como disse uma amiga da Marcia, só paulista mesmo pra decidir conhecer a própria cidade no feriadão. O centro é lindo, lindo. Muita gente vai me chamar de doida por encontrar beleza em concreto e aço, mas megalópoles sempre me fascinaram.

Sexta-feira à tarde foi uma aventura. Fomos eu, a Marcia e a Adriana visitar uma senhora amiga da mãe da Marcia (que fez um bolo fora de qualquer classificação - a Marcia morreu de vergonha, mas eu e a Adri de-to-na-mos o quitute). Havia umas nuvens suspeitas se aproximando, mas em se tratando de Sampa, nuvens negras são a regra... então... bem. Na volta, passávamos perto da praça Benedito Calixto quando eu ouvi um som familiar... resultado: fomos parar no meio de uma rave, às quatro e meia da tarde. Não deu nem tempo de ver a cara da DJ: começaram a cair uns pingões, e desabou um temporal. A Marcia, que odeia música eletrônica, estava exasperada, mas eu e a Adri até que conseguimos dançar um pouco... debaixo de uma marquise, é lógico, porque caíam raios a granel e eu é que não ia correr o risco de virar churrasquinho paulista.

Sábado de manhã eu e a Marcia fomos ao Cemitério do Morumby, visitar o túmulo do Senna. É fácil localizar o lugar: a sepultura fica no meio de um canteiro em formato de círculo (me lembro sempre de uma roda), sob uma árvore. Alguém fincou uma bandeira brasileira ao lado da lápide, e com certeza outras pessoas já haviam estado lá naquela manhã porque havia dois vasos com flores frescas. O túmulo está cercado por uma espécie de cordão de isolamento, mas eu me esgueirei por debaixo e consegui colocar a minha rosa vermelha bem em cima da lápide. E vi a inscrição que já tinha visto tantas vezes em fotos e na TV:

Ayrton Senna da Silva

21/03/1960-01/05/1994

Nada pode me separar do amor de Deus

Aí me vieram as lágrimas, e senti algo parecido com o que disse a Gil: uma sensação de "tarde demais".

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quarta-feira, janeiro 23, 2002

 

Diário de Viagem, Capítulo 5 - Sampa, debaixo de chuva

Chove em São Paulo desde que cheguei, e choveu em Curitiba a maior parte do tempo em que estive lá. Tudo bem, eu adoro chuva. "Only happy when it rains", do Garbage, é uma das minhas músicas-tema (até porque diz "I'm only happy when it's complicated", o que sem dúvida combina comigo). Mas chuva durante um mês de férias é irritante. Meu consolo é que em Recife o clima também não está, digamos, sequinho.

Eu estava vendo o filme do David Lynch na segunda quando deu o blecaute. Consegui ver ontem. Pra quem está acostumado com aquele Lynch sombrio e bizarro, o filme vai ser um susto. Iluminado, solar, cheio de esperança. Saí do cinema encantada e feliz. Assistam, por favor. Aliás, seria um favor que vocês fariam a vocês mesmos. Cada vez mais eu encontro motivos pra continuar apaixonada, fascinada, louca por cinema.

Expe, fui na FNAC ontem. Meu cartão de crédito vai estourar. Achei o Wonderland, do Charlatans, e o Strange Little Girls, da Tori Amos (só com covers; a de "Enjoy the Silence", do DM, ficou ótima, e a de "I don't like Mondays", do Boomtown Rats - alô, Rodrigo - está linda de morrer). E comprei os três volumes de Lord of the Rings em inglês. E Pygmalion, do Shaw. Vou pagar excesso de bagagem, percebeu?

Gil, eu comprei o ingresso pra área em frente à largada, como você sugeriu. Só chegam depois do carnaval, a empresa onde eu comprei (daqui de SP; só quem vende são eles e o ABN) vai me mandar via SEDEX. Assim que eu chegar a Recife, vou resolver a história do pacote com a agência. Ah - sabia que eu descobri o hotel onde o Jacques fica hospedado? Hehehehe :)

Ontem fui no MASP. Hoje vou ver A Professora de Piano. Sexta é aniversário de Sampa e vou aproveitar os programas de comemoração. Adri não vai mais se mudar (graaaaaças a Deus) esse fim de semana, então acho que vamos pra balada sexta. Eu mereço. Muito. No outro sábado, vou estar em sala de aula.

Recebi um email do Tadeu, que deve ser leitor do AF ou não me convidaria pra ler o blog dele... está aí o link. Obrigada, menino. Quando eu chegar em Recife e conectar de casa (estou no bom e velho cybercafé aqui perto do SESC Consolação), leio seus textos com cuidado.

Winnie, Déia, Alle, Livia, Victor, saudade de todo mundo e de ler os blogs... por enquanto só estou dando uma olhadinha bem en passant. Beijos pra todo mundo, desculpem se esqueci alguém.

Capítulo 6, coming soon to a computer near you.

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segunda-feira, janeiro 21, 2002

 

Diário de Viagem, Capítulo 4 - Back to Sampa

Uau. Mais de dois mil acessos no AF!!! Abri o blog e quase caio. Brigada, gente.

Bom, estou de volta a Sampa, depois de passar um frio desgraçado em Curitiba (tá, não foi nem de longe o gelo que era em Toronto, mas vamos e venhamos, eu já tinha me acostumado com o forno recifense de novo). A cidade está ainda mais linda do que eu me lembrava - e pra quem não ia lá há quinze anos, até que eu me lembrava bem de muitas coisas. Houve coisas engraçadas - pessoas que eu não via há tanto tempo que ainda pensavam em mim como aquela garotinha ("medonha", foi como definiu a minha tia Regina ao lembrar das minhas travessuras) de trancinhas até o meio das costas. Já estou com saudades, e quero voltar assim que der.

Notícia-bomba quando cheguei em Sampa: Adriana (minha anfitriã) vai se mudar no sábado e lá vamos nós carregar mobília, e eu vou ter que arrumar a mala antes do previsto. Delicioso.

Winnie, milhões de desculpas. Mas é que aqui eu estou sem telefone e ligando pra casa a cobrar, e quando estou no shopping descubro que deixei a agenda em casa com o seu número anotado nela. Chego em Recife dia 31 e ligo pra você dia primeiro, juro pelo meu amor a Londres (viu como é sério?)

Expe, Gil (parabéns pela aprovação na pós, viu?), tô morrendo de saudades.

Bom. O programa de hoje é o filme do David Lynch (História Real, lógico, já que Mulholland Drive não chegou ainda nem em Sampa). Amanhã vou ver A Professora de Piano. Esses eu deveria ter visto na Mostra da Fundaj, mas com aquela programação histérica de dois, três filmes por dia e eu até o juízo de trabalho, não deu. Vamos tirar o atraso, portanto.

Ah. Minha coleção de CDs chega cada vez mais perto do meu sonho. Achei o Screamadelica, do Primal Scream, e The Complete Stone Roses em Curitiba. E comprei o Parklife, do Blur, ontem, por 18 reaus. Esse eu só tinha em vinil, que está na casa do Expe.

Bom, that's all, folks. O quinto capítulo deve vir ainda essa semana. Agora vou ler uns blogs.

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segunda-feira, janeiro 14, 2002

 

Diário de Viagem, Capítulo 3 - Curitiba

Chuva, chuva, chuva e mais chuva. Desde terça-feira não pára de chover. Ontem choveu tanto em Sampa que o meu vôo foi transferido de Congonhas para Guarulhos e eu cheguei em Curitiba duas horas atrasada. Anyway.

Acordei às seis e meia, pra espanto da minha prima, Vanessa, e saí pra rua logo cedo, pra desespero do meu primo Alexandre, que deve estar preocupadíssimo no escritório achando que eu vou me perder. Graças a Deus, o tempo abriu e eu pude dar uma caminhada no Centro - certas coisas não mudam. O prédio na praça Tiradentes onde a minha avó foi morar depois que o meu avô morreu continua como há quinze anos. A Casa Rosa, uma loja de presentes, ainda funciona no térreo. As banquinhas de revistas estão no mesmo lugar. O Mercadorama, onde vovó fazia compras, também. E andando na rua XV de Novembro, passei na frente da Confeitaria das Famílias. Ah, aquelas bombas de chocolate... Também fiz uma visitinha rápida à Catedral Basílica, onde meus pais se casaram. É bom estar aqui.

Daqui a pouco vou na UFPR ver as opções de mestrado aqui. Estou aberta a todas as possibilidades nesse aspecto. Vamos ver.

Capítulo 4, em breve, nesse mesmo batblog.

P.S.: Gil, já comprei meu ingresso pra F1. Estou feliz feito criança esperando o Natal.

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quarta-feira, janeiro 09, 2002

 

Diário de Viagem, Capítulo 2 - Ainda em Sampa

Um postzinho rápido (embora eu ache que ele só vai pro ar semana que vem, porque o blogger tá de novo com aquela frescura de "publishing temporarily unavailable), daqui do cybercafé, antes de ir ver Lord of the Rings de novo. Hoje a maratona cinematográfica vai ser punk, três horas com LOTR e mais três e meia com Apocalypse Now Redux, que eu vou ver à noite com meu amigo de facul, o Eduardo, que eu reencontrei aqui. Passamos horas num barzinho junto ao MASP, no domingo, tomando uns drinques e relembrando os velhos tempos. Essa viagem tá sendo tudo o que eu precisava.

Winnie, vou abusar do seu convite no Free Jazz, pode apostar.

Gente, que chuva caiu ontem aqui. Fiquei presa num engarrafamento monstro (dentro do busão, claro) na Paulista, com o mundo vindo abaixo, o céu negro, raios e trovoadas. E quando eu chego em casa, minha amiga, a Márcia, solta a pérola: bem-vinda a São Paulo.

Anyway. Tô lendo os blogs por aí. Tirei do blog da Gil:

Canadense quer vaga de Rubinho na Ferrari
Quinta-feira, 03 Janeiro de 2002, 18h50


São Paulo – Com apenas mais um ano de contrato com a Ferrari, o brasileiro Rubinho Barrichello ganhou um concorrente forte na briga pela vaga de segundo piloto da escuderia italiana. O canadense Jacques Villeneuve afirmou em entrevista que pretende ser companheiro de equipe do alemão tetracampeão mundial Michael Schumacher.

“Eu ficaria muito feliz de ter Michael como companheiro de equipe”, declarou ao ‘formula1.com’. A única chance de isso acontecer é o canadense, que tem contrato com a BAR para temporada 2002, se juntar ao time italiano, pelo qual correu seu pai, Gilles Villeneuve, ao final do ano, uma vez que o compromisso de Schumacher vai até 2004 e o alemão tem dado sinais de que então irá se aposentar.

Rubinho fez um contrato de dois anos com a Ferrari e renovou por mais um ano. O compromisso termina em dezembro de 2002 deixando aberta a vaga de segundo piloto. O brasileiro dificilmente ficará na equipe. No ano passado, a Ferrari já chegou a cogitar o finlandês Kimi Raikkonen para sua vaga, mas a McLaren foi mais rápida e tirou o piloto da Sauber.

Para 2002, Villeneuve segue apostando em uma superioridade da equipe italiana. “A Ferrari certamente vai estar na frente. O carro deles é melhor que os outros. Mesmo que eles não tenham feito qualquer progresso deste do ano passado, estarão bem”, disse.

Redação Terra

Eu duvido que o arrogante do Schumacher vá concordar em ter um piloto do calibre (e do temperamento) do Jacques como companheiro de equipe. Mas se isso acontecesse, ia valer a pena torcer pela Ferrari de novo... e coitado do Jean Todt, que ia ter que aguentar a guerra de egos.

Bom, gente. O tempo urge... Aguardem o capítulo 3... :)

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segunda-feira, janeiro 07, 2002

 

Diário de Viagem, Capítulo 1 - Sampa

Gente, nem sei por onde começar. São Paulo é fascinante sob qualquer ponto de vista. Mas, como diria Lewis Carroll, o melhor é começar pelo começo e terminar no fim.

O vôo foi muito bom - soube no check-in em Recife que tinha dado uma bronca séria na minha conexão, que seria em Brasília, e a TAM tinha me transferido para um vôo direto Recife-São Paulo com escala no Rio. Gil, eu só conseguia pensar em você quando o avião decolou e eu vi o Corcovado literalmente na minha frente. Que cidade absurdamente bela.

Bem. O Cineclube Unibanco está virando a minha segunda casa. Vi "Sob a Areia", um filme francês maravilhoso, na quinta-feira, e "Storytelling - Histórias Proibidas", do Todd Solondz e que eu tinha perdido na mostra da Fundaj, na sexta. Ontem fui ver Lord of the Rings e hoje, vou ver Lavoura Arcaica. Eu queria ter tempo de comentar filme por filme, mas vocês sabem, estou num cybercafé... oito reaus a hora...

Agora, Expe, o ponto alto até agora: achei o Electrafixion, americano e fora de catálogo, na London Calling. Au-to-gra-fa-do pelo Ian McCulloch. Paguei os olhos da cara e a cara dos olhos. Vou sair daqui POBRE. Eu sei, Rodrigo, que você avisou. O perigo das Galerias. Mas certas coisas são impossíveis de resistir...

Tô morta de saudade de todo mundo. Winnie, prometo que te ligo essa semana ainda (domingo tô indo pra Curitiba). Ricardo, valeu o e-mail. Vou ver agora se uso o restinho da minha hora pra ler blogs... :)

Escrevam e-mails pra mim, bando de preguiçosos. Estou checando sempre que posso.

Aguardem o capítulo 2... :)

posted by Viviane at 10:45:00 AM (0) comments

quarta-feira, janeiro 02, 2002

 

E pra todo mundo que eu conheci por causa deste blog - meus novos amigos, Winnie, Rodrigo do Call me James, Alle do The Ghost Children, Victor do Mui Gats, Livia do Kid L, Vega Caulfield do Easy to Ignore, Lely do Life's a Bitch, Déia do Orange e mais uma pá de gente muito boa linkada aí do lado - um Ano Novo maravilhoso. Let's keep in touch and make it happen!!

posted by Viviane at 1:21:00 AM (0) comments

 

Bom. Malas prontas, tudo arrumado. Daqui a cinco horas e meia o avião decola. Vou tentar entrar online de Sampa ou Curitiba pra dizer um oi no blog, mas na pior das hipóteses o AF volta ao cyberspace dia 31.

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terça-feira, janeiro 01, 2002

 

Ah, concordo com o Expe. Asian Dub Foundation foi o show do ano.

posted by Viviane at 6:19:00 PM (0) comments

 

Balanço Geral 2001

Melhor filme: empate técnico entre "Réquiem for a Dream" e "Moulin Rouge". Um não tem nada a ver com o outro, e gostei de cada um por motivos absolutamente diferentes, mas são obrigatórios.

Melhor livro: Reli muita coisa este ano - já tinha lido As Brumas de Avalon, Lady Chatterley's Lover e Lord of the Rings, e não caiu nada melhor na minha mão.

Disco do ano: "Get Ready", do New Order, seguido de perto de "Vespertine", da Björk. A caixa do Echo foi hors-concours.

Músicas do ano: "Crystal", New Order; "It's not up to you", Björk; "The Space Between", Dave Matthews Band; "Side", Travis

Pontos altos: a viagem a Salvador em julho, apesar da greve da polícia e de ter sido submetida a um show de axé music no Pelourinho, foi um ótimo momento profissional. Ter começado a trabalhar na escola de Setúbal também. E ter passado na prova do CEELT. Pessoalmente, este blog, alguns assuntos pendentes que foram resolvidos, e um ótimo ano em casa.

Piores momentos: mortes na família e, claro, 11 de setembro.

Grande decepção/motivo de raiva: o tetracampeonato do Schumacher na F1. Começa a campanha Montoya 2002!!!

posted by Viviane at 6:16:00 PM (0) comments

 

Paz...




Amor...




e Alegria pra todo mundo!!!! Feliz 2002!!!!

posted by Viviane at 2:12:00 PM (0) comments

 

Bem-vindo, 2002!!!

posted by Viviane at 11:40:00 AM (0) comments

 

Quando eu era locutora das rádios 89 FM e Cidade, eu sempre começava o primeiro programa do ano com essa música:

New Year's Day
U2

All is quiet on New Year's Day
A world in white gets underway
I want to be with you
Be with you night and day
Nothing changes on New Year's Day
On New Year's Day

I will be with you again
I will be with you again

Under a blood red sky
A crowd has gathered in black and white
Arms entwined, the chosen few
The newspapers says, says
Say it's true it's true...
And we can break through
Though torn in two
We can be one

I...I will begin again
I...I will begin again

Oh...
Maybe the time is right
Oh...maybe tonight...

I will be with you again
I will be with you again

And so we're told this is the golden age
And gold is the reason for the wars we wage
Though I want to be with you
Be with you night and day
Nothing changes
On New Year's Day
On New Year's Day

posted by Viviane at 11:39:00 AM (0) comments