terça-feira, abril 30, 2002
Há oito anos morria Roland Ratzenberger
F1 na Web/Thiago Arantes
No sábado, 30 de abril de 1994, a morte voltou a assombrar a Fórmula 1. Desde de Elio de Angelis, em 1986, um piloto não sofria um acidente fatal. O austríaco Roland Ratzenberger, morto após uma batida no muro da curva Villeneuve, pôs fim a essa seqüência de oito anos sem mortes na categoria.
Roland era um piloto experiente em outras competições. Já havia vencido o tradicional “Festival Fórmula Ford 1600”, disputado no mitológico circuito de Brands Hatch, e tinha passagens pela F-3 Inglesa e F-3000 Japonesa. O austríaco também tinha experiência em carros de Turismo, tendo sido piloto das equipes da Porsche, BMW e Toyota e conquistando a quinta colocação nas 24 Horas de Le Mans, em 1993.
Apesar de seu currículo extenso e de seus 33 anos, Ratzenberger fez sua estréia na F-1 apenas em 1994. O piloto assinou um contrato de cinco corridas com a estreante Simtek e esperava conseguir patrocínios para completar a temporada. Naquela que seria sua primeira corrida, o GP Brasil, Roland ficou com o 27º tempo dentre os 28 pilotos, não se classificando para a corrida. Duas semanas depois, em Aida, a 26ª colocação nos treinos permitiu que Ratzenberger disputasse sua primeira, e última, corrida no campeonato mundial. O piloto da Simtek terminou a prova na 11ª posição, a cinco voltas de Michael Schumacher, o vencedor.
A etapa seguinte, a ser disputada em San Marino, colocaria fim à carreira de Roland Ratzenberger. Parte do aerofólio do Simtek se soltou pouco após a curva Tamburello, na subida da Villeneuve. O carro, no ponto mais rápido do circuito e sem parte da asa, perdeu aderência e passou reto, batendo frontalmente no muro externo da curva.
Roland Ratzenberger morreu na hora, com a coluna cervical fraturada. Depois de vê-lo no hospital do circuito, Ayrton Senna não conseguiu mais treinar no sábado e saiu do circuito sem dar entrevistas. Com o tempo que tinha na sexta-feira, Senna fez a pole-position para aquela que seria sua última corrida.
Entre os destroços da Williams do tricampeão estava uma bandeira da Áustria. Aquela seria a homenagem de Ayrton Senna a Roland Ratzenberger.
Como disse a Gil, ninguém poderia supor que no dia seguinte a tragédia seria ainda maior. E que nos atingiria tão fundo.
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Viviane at 5:36:00 PM
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