sábado, dezembro 28, 2002
Notícias cinematográficas (copy+paste do Terra):
Ian McKellen fica com o papel de Richard Harris em Harry Potter
O ator britânico Ian McKellen foi selecionado para viver o professor Albus Dumbledore no lugar de Richard Harris, que morreu de câncer em outubro passado, no terceiro filme da série Harry Potter, O Prisioneiro de Azkaban, noticiou o tablóide inglês The Sun.
Ainda segundo o tablóide, Ian McKellen, que interpretou o mago Gandalf no épico O Senhor dos Anéis, acertou sua participação em Harry Potter na semana passada. No entanto, o anúncio oficial da Warner será feito somente em 2003. "Todo mundo jurou segredo sobre a participação de Ian", disse uma fonte à publicação.
Diretores da Warner acreditam que Ian McKellen é a perfeita substituição de Richard Harris. "Não estamos preocupados com as confusões e comparações entre Harry Potter e O Senhor dos Anéis. São filmes diferentes", disse uma nova fonte.
As filmagens de Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban começam em fevereiro do ano que vem para ser exibido em 2004. Já a parte final da trilogia O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei será divulgado durante o Natal de 2003.
Ou seja: como o Expe comentou comigo outro dia, Ian McKellen vai coroar sua esplêndida carreira participando de duas das trilogias de maior sucesso da história do cinema - acho que em termos de grandiosidade, LOTR só se compara ao Chefão e a Star Wars. Harry Potter tem menos apelo, mas as bilheterias vão simplesmente estourar em dezembro com O Prisioneiro de Azkaban...
Diretor de fotografia deixa Spielberg mais sombrio e erótico
Eles formam o mais estranho dos casais: um radiante contador de histórias, com um forte traço sentimental, e seu diretor de fotografia, um mestre das sombras.
O diretor Steven Spielberg aprecia o belo, disse Janusz Kaminski, diretor de fotografia do cineasta, em entrevista recente. Kaminski, por sua vez, vê beleza na desolação e no feio.
"Ele (Spielberg) está muito interessado na beleza clássica", disse Kaminski, 42, que trabalhou pela primeira vez com o cineasta em A Lista de Schindler, que valeu Oscar a ambos, por fotografia e direção, assim como o de melhor filme. "Eu vejo beleza na desolação", afirmou diretor de fotografia que criou a palheta em preto-e-branco do drama do Holocausto.
Trabalhando com Spielberg, a quem se refere como "diretor máximo", Kaminski criou as sombras que permeiam os últimos sete filmes do diretor, incluindo Catch Me If You Can, comédia que estreou nos Estados Unidos no dia de Natal.
O "cameraman" quer apresentar ao público um mundo "real" e diz que Spielberg compreende sua intenção.
Segundo Kaminski, Spielberg se tornou mais confiante e conta histórias cada vez melhor com o passar dos anos. E acrescenta: "Ele está ficando mais sujo".
Basta comparar o herói viciado em drogas interpretado por Tom Cruise em Minority Report com o típico herói norte-americano Indiana Jones, vivido por Harrison Ford em Caçadores da Arca Perdida, uma das primeiras obras-primas de Spielberg.
Kaminski escolheu as luzes intensas que provocam as sombras escuras de Minority Report e também iluminou o aclamado AI: Inteligência Artificial. "Se é preciso ser um pouco feio, eu o torno feio", contou Kaminski.
FEIÚRA EM NOME DA BELEZA
Kaminski descreve Catch Me If You Can como "champanhe", um filme leve, borbulhante, apesar de, após assistir pela primeira vez a fita completa, ter concordado que havia um lado sombrio no longa-metragem.
Um agente do FBI interpretado por Tom Hanks persegue um mestre das trapaças vivido por Leonardo DiCaprio, e os dois desenvolvem uma amizade improvável.
O policial e o falsificador de cheques são ambos figuras solitárias em uma caçada que os leva através de um cenário dos anos 60 ao qual Kaminski se refere como "moderno" e "excêntrico".
Mas Kaminski também criou o visual desbotado do escritório onde o agente do FBI interpretado por Tom Hanks trabalha.
"Você coloca um personagem inocente como o de Tom Hanks em um ambiente feio como esse para enfatizar sua inocência", disse Kaminski. "Me sinto atraído pela feiúra em nome da beleza".
Kaminski cresceu na Polônia, consumindo música e cinema americanos, como A Primeira Noite de Um Homem e a comédia de humor negro Harold and Maude.
Mas ele só assumiria o cinema como profissão no Columbia College, em Chicago, depois de imigrar para os EUA aos 21 anos.
Ele atribui à sua infância no Leste europeu, dominado pela União Soviética na época, o fato de haver sintonizado sua sensibilidade artística e sua atenção com a beleza da desolação.
Kaminski desenvolveu técnicas que fizeram da cena de abertura de O Resgate do Soldado Ryan, o ataque a praias da Normandia pelos soldados norte-americanos na Segunda Guerra Mundial, parecer mais um velho documentário do que a superprodução hollywoodiana que na verdade era.
O Resgate do Soldado Ryan também lhe valeu o Oscar de fotografia.
E ele diz que quer ir mais fundo no lado sombrio da natureza humana, e afirma que Spielberg talvez possa acompanhá-lo nessa jornada.
"Ele está começando a se interessar por temas eróticos sob uma perspectiva adulta", disse Kaminski, lembrando que Pablo Picasso iniciou sua carreira pintando retratos realistas antes de se tornar famoso por seu estilo abstrato e abertamente sexual. "Mal posso esperar por esse momento com Steven", afirmou Kaminski.
"Disse a Steven: vamos fazer um pequeno filme erótico... Acho que ele está interessado na idéia". Mas, faz uma pausa, refletindo. E diz: "Talvez ele ainda não esteja pronto".
Excesso de favoritos confunde corrida pelo Oscar
Espera-se que a divulgação das listas de melhores filmes pelas associações de críticos de cinema dissipe as dúvidas sobre quem é o grande favorito do Oscar. Mas, neste ano, cada novo anúncio parece tornar o cenário ainda mais indefinido.
Far From Heaven foi considerado o melhor longa-metragem do ano por muitos críticos, mas não conseguiu a indicação de melhor filme para o Globo de Ouro.
Vários críticos de renome elegeram a produção mexicana E Sua Mãe Também ou o filme espanhol Fale com Ela como os melhores filmes de língua estrangeira. No entanto, é certo que nenhuma das produções será indicada ao Oscar nessa categoria.
O musical Chicago poderia parecer um pole-position na corrida pelo Oscar, já que liderou as indicações para o Globo de Ouro, mas nenhuma associação entre os principais críticos escolheu o filme, seus diretores ou atores como os melhores do ano.
Esses são apenas alguns exemplos da confusão que se apresenta nesta temporada. Todo ano traz suas dúvidas, mas o cenário parece mais nebuloso desta vez.
Claro que todo prêmio é importante, um reconhecimento de um bom trabalho e uma sinalização de que o público de cinema deveria conferir um determinado filme. Mas, no mundo das premiações, uma delas está acima de todas: o Oscar. E há um Oscar que realmente importa: o de melhor filme.
Se alguém esperava que as indicações para o Globo de Ouro, divulgadas em 19 de dezembro, iriam fornecer pistas sobre a disputa do Oscar, ficou decepcionado.
A lista do Globo de Ouro apenas ressaltou dois fatos: há muitos filmes bons este ano, mas não há favorito para o Oscar. Além do Globo de Ouro, a Hollywood Foreign Press Association e muitos críticos e instituições cinematográficas anunciaram ganhadores e indicados para melhor filme na semana iniciada em 14 de dezembro; nesse período de sete dias, 16 filmes foram contemplados.
A HFPA cita 10 filmes: cinco indicados na categoria de melhor drama, e outros cinco na de comédia/musical. Muitos deles aparecem depois nas listas dos críticos. Mas muitas das relações adicionaram novos títulos à mistura.
No dia 14 de dezembro, a Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles escolheu About Schmidt como melhor filme. Dois dias depois, o Círculo de Críticos de Cinema de Nova York escolheu Far From Heaven.
Na semana passada, os críticos online do Gotham Awards clicaram em Chicago; críticos de Boston e São Francisco optaram por O Pianista.
A Associação de Críticos de Toronto elegeu Adaptação. E, no início do mês, o National Board of Review surpreendeu apontando The Hours.
Uma curiosidade sobre as indicações para o Globo de Ouro: das dez produções indicadas, em ambas as categorias, exatamente metade ainda não havia estreado quando os indicados foram anunciados - Chicago, Gangues de Nova York, The Hours, Nicholas Nickleby e O Pianista.
Outras três (About Schmidt, Adaptação e O Senhor dos Anéis: As Duas Torres) estrearam em dezembro. Apenas Um Grande Garoto e O Casamento Grego vieram dos primeiros 11 meses do ano.
E Sua Mãe Também e Fale com Ela podem concorrer em todas as categorias, exceto na de filme estrangeiro. E Sua Mãe Também estreou no México em 2001, mas não foi inscrito para concorrer como melhor filme estrangeiro. Fale com Ela estreou na Espanha em 2002, mas o país preferiu optar por Los lunes al sol para a categoria.
O filme mexicano inscrito este ano é O Crime do Padre Amaro.
"Este ano, mais do que nunca, parece que há muitos concorrentes fortes sendo lançados no último mês", disse à Variety o presidente do Círculo de Críticos de Cinema de Nova York, Marshall Fine.
Humm. Com "Fale com ela" fora da jogada, acho que "Cidade de Deus" tem boas chances de pescar ao menos uma indicação... quem sabe não é a hora de vermos um discurso em português no Shrine Auditorium? :)
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Viviane at 7:58:00 PM
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