terça-feira, abril 08, 2003
Continuando...
Quinta-feira, 3 de abril
Eu e o Wanner tínhamos combinado de ir cedo pro Transamérica - a Danielle, irmã dele, chegava de Brasília num vôo cedo e logo que ela deixasse as malas em casa e arrumasse as coisas pra corrida eles iriam me encontrar numa das estações do metrô da Av. Jabaquara. Chegamos no hotel perto da uma da tarde e pouco depois chegou o Jacques Laffitte, que estava cobrindo o GP Brasil pra uma TV francesa. O Laffitte é da época de ouro da F-1 - dos tempos de Niki Lauda, Gilles Villeneuve, Didier Pironi, Ronnie Peterson, Patrick Tambay... quando eu me apaixonei por automobilismo! Tirei uma foto e peguei o autógrafo dele (tietagem braba, confesso, mas ora, quem já não quis fazer isso alguma vez?). Bom, o investimento na minha Pentax nova compensou: a bichinha passou no teste do batismo de fogo de forma exemplar :)
Fotos, fotos, fotos - Reginaldo Leme, simpaticíssimo, e Mark Webber, um escândalo de australiano, chegaram logo em seguida. A essa altura, os meus "informantes" lá do hotel já tinham me passado a notícia de que o Jacques estava, sim, no Transamérica, que tinha chegado na noite anterior e que tinha conversado com todo mundo no saguão - o que me deu ao mesmo tempo alívio, por saber que ele é uma pessoa acessível, e tremedeira, já que não é todo dia que a gente tem grandes chances de encontrar um cara por quem torceu como uma desesperada pelos últimos nove anos.
Bom, daí que eu estava confortavelmente instalada no sofá do saguão, conversando com a Danielle, quando eu vi o Jacques (por detrás de uma porta fumê, e ele estava de boné e óculos) e dei um salto. A Dani disse que quando pensou "olha, o Villeneuve", eu já estava do lado dele. Não me perguntem exatamente o que aconteceu porque é tudo meio nebuloso: só sei que entreguei o presente de aniversário que levei pra ele (um CD da Fernanda Porto), e que ele ficou um tanto surpreso, e disse o melhor "thank you very much" que eu ouvi na vida; a caneta falhou quando ele estava assinando a biografia oficial dele que eu comprei em Londres, e eu consegui ter a presença de espírito de tirar a caneta da mão dele e fazê-la funcionar; que eu agradeci o autógrafo, e ele riu, e aí já tinha uma multidão em cima e eu tive que me afastar. Caí sentada no sofá, passei a mão no celular e liguei pra meio mundo de gente - os amigos mais próximos que sabem o quanto eu queria conhecer o Jacques, e que entenderam perfeitamente quando eu disse "falei com ele! Consegui!", ainda com as mãos geladas e com um leve ataque de mal de Parkinson... :)
E a Pentax continuou a trabalhar: Jenson Button (viva a Inglaterra... que homem é aquele?), Justin Wilson, Ralph Firman, Felipe Massa, Heinz-Harald Frentzen, Ralf Schumacher (pra delírio das duas Danis), Montoya, desta vez mais bem-humorado, e o Jungle Boy Antonio Pizzonia, de mãos dadas com a namorada, a Maurren Maggi. E depois o Jacques saiu pra jantar e eu consegui a "prova do crime": uma foto com ele, que tinha sido impossível de conseguir quando ele chegou. E que está aqui no porta-retratos que a Cecilia, num surto premonitório, me deu de presente de aniversário dizendo que era pra "foto que você vai tirar com o Jacques em Sampa, Vi".
Eu e o Wann ainda fomos pro Shopping Morumbi pra revelar as fotos (ou vocês acham que eu ia conseguir esperar?), e depois ele me deixou em Congonhas e eu fui de táxi pro meu hotel, no centro. Eu tinha combinado com o Rodrigo e a Gabi de ir à festa da Zero na Fun House, mas apesar da minha cabeça querer muito uma balada, o corpo estava protestando - e resolvi ir pros braços de Morpheus, já que na manhã seguinte eu tinha que estar em Congonhas às oito pra pegar a Gil e ir pro autódromo. Mas isso é história pra amanhã :)
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Viviane at 7:36:00 PM
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