sábado, agosto 30, 2003
Post inspirado na Gil, que escreveu sobre os episódios de A Gata e o Rato de que ela mais gosta. Pois bem, aqui estão alguns dos meus X-Files preferidos:
O Episódio Piloto, obviamente - a química (meio torta, no princípio, porque havia um clima de desconfiança mútua) entre Mulder e Scully já ficava clara, e certos diálogos são impagáveis - como este:
Mulder: Do you believe in the existence of extraterrestrials?
(He whispers the last few words eerily and she smiles.)
Scully: Logically, I would have to say "no."
(He nods, having expected that answer.)
Given the distances needed to travel from the far reaches of space, the energy requirements would exceed a spacecraft's capabilties th...
Mulder:: Conventional wisdom.
Da primeira temporada, um dos meus all-time favs é Eugene Tooms volta a Atacar - em termos da mitologia, é marcante porque mostra o Canceroso falando pela primeira vez e apresenta o personagem do Diretor-Assistente Skinner. E tem, claro, a famosa cena no carro :)
Mulder: They’re out to put an end to the X-Files, Scully. I don’t know why, but any excuse will do. Now, I don’t really care about my record, but you’d be in trouble just for sitting in this car and I’d hate to see you to carry an official reprimand in your file because of me.
(Scully sighs.)
Scully: Fox...
(Mulder laughs. Scully looks at him.)
Mulder: And I... I even made my parents call me Mulder. So... Mulder.
Scully: Mulder, I wouldn’t put myself on the line for anybody but you.
(They look at each other.)
Mulder: If there’s an ice tea in that bag, could be love.
(She takes out the drink.)
Scully: Must be fate, Mulder. Root beer.
(Mulder kiddingly sighs.)
You’re delirious. Go home and get some sleep.
A segunda temporada tem clássicos como A Trindade (que não é dos meus favoritos pessoais, mas que criou uma celeuma dos diabos porque muita gente não se conformava em ver Mulder "traindo" Scully com a vampirona), a trilogia da abdução de Scully (Duane Barry, Ascensão e Por um Fio), Irresistível, em que uma investigação fora dos padrões do Arquivo X acaba se tornando peça-chave no desenvolvimento da relação entre os agentes, e o maravilhoso Anasazi (eu fico imaginando o desespero do público americano, que teve que esperar quatro meses pelo desfecho da história), onde ficou provado de uma vez por todas que Krycek era um grandissíssimo filho da puta.
O terceiro ano tem dois episódios que entram em qualquer lista de dez mais de um Excer que se preze: Grotesco e O Instigador. Nenhum dos dois acrescenta informações à mitologia, mas ambos são essenciais no processo de construção dos personagens - principalmente no tocante ao passado de Mulder e seu trabalho na Unidade de Crimes Violentos, e na já clara tendência de Scully a tentar proteger o parceiro a todo custo. Robert Modell, o instigador do título, é um dos personagens mais fortes da série - tanto que Chris Carter fez com que ele voltasse na quinta temporada, em Kitsunegari (ou "Caça à Raposa", um trocadilho com o primeiro nome de Mulder, Fox - raposa, em inglês).
A quarta temporada é um prenúncio do que viria pela frente nas duas seguintes, as melhores na minha modesta opinião de fanática: Corações de Papel, onde mais uma vez vemos um vilão admirável (um ponto forte de Arquivo X é que os vilões sempre estão em pé de igualdade com os mocinhos, em termos de inteligência e habilidades), John Lee Roche, e onde a relação entre Mulder e Scully se estreita ainda mais; a sequência Tunguska e Terma, em que a mitologia dá um salto com as revelações sobre o câncer negro; Revelações (Memento Mori), onde descobrimos o câncer de Scully e onde, originalmente, o casal finalmente se beijaria, sequência vetada por Chris Carter (grrrrrr!). E Insignificâncias, com o impagável Darin Morgan, um dos roteiristas da série, no papel do morfo Eddie Van Blundht (com "h"), que é sem dúvida um dos episódios mais cômicos da série (David Duchovny tirando onda do próprio personagem em frente ao espelho é absolutamente hilariante).
Meu post vai terminar ficando imenso como o da Gil - mas a quinta e a sexta temporadas foram os pontos altos de X-Files. O último episódio do quinto ano, O Fim, que apresenta a Agente Diana ("Dirty Diana", como era chamada na internet) Fowley, acaba com a destruição do escritório do Arquivo X num incêndio, e com a transferência de Mulder e Scully para uma unidade de investigação "normal". Entre este episódio e o primeiro do sexto ano, O Princípio, foi lançado o longa-metragem. E a sexta temporada é um desfile do melhor da imaginação de Chris Carter, Vince Gilligan, Frank Spotnitz, John Shiban e toda aquela equipe brilhante: Triângulo (todo filmado em plano-sequência, estupenda direção de Carter), Terra dos Sonhos 1 e 2, Arcadia (Mulder e Scully disfarçados e bancando marido e mulher, fantástico), Milagro, e um dos meus top ten - o Anti-Natural (e olha que eu detesto beisebol, mas não me importaria de tomar umas aulinhas). Já a sétima marca o último ano completo de David Duchovny como Fox Mulder, e tem mais clássicos: Millenium (e o beijo de Ano-Novo), Libertação, todas as coisas (roteiro e direção de Gillian Anderson) e a paródia Hollywood Depois de Cristo.
E apesar dos problemas das duas últimas temporadas - ameaças de cancelamento da série, agendas de filmagem comprometidas porque Gillian Anderson e Robert Patrick estavam envolvidos com outros projetos, e as fofocas intermináveis sobre a volta de Mulder, Chris Carter conseguiu fechar a cortina de forma elegante com o episódio duplo "A Verdade" - um presente pra quem, como eu, passou nove anos acompanhando Arquivo X (eu me lembro que quando a Record começou a transmitir a primeira temporada no Brasil, eu tinha que ir toda segunda-feira dormir na casa da minha amiga Stefania, que morava no centro da cidade, o único lugar onde a emissora, ainda em UHF, pegava direito). E mesmo que o segundo filme não aconteça, eu tenho as minhas caixas de DVD como consolo ;)
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Viviane at 1:00:00 PM
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