terça-feira, outubro 21, 2003
Acho que vou desmaiar.
Sério. Se eles vierem pra cá, eu juro por todos os santos do calendário que nunca mais xingo o carnaval.
Teenage Fanclub pode vir ao Recife
Luciana Veras
Da equipe do DIARIO
Teenage Fanclub vem ao Brasil. Pela primeira vez. Em março de 2004. Três datas em São Paulo, no Sesc Pompéia, e uma no Recife. Isso mesmo. A banda de Norman Blake, Gerry Love e Raymond McGinley, acrescida do sempre parceiro Francis McDonald nas baquetas, é a atração principal do festival No Ar Coquetel Molotov, que em Sampa ocorre em parceria com a Slag Records, abrange, ainda, o lançamento de uma revista e depende de investidores para se viabilizar na etapa pernambucana.
Quem saca música alternativa no Estado, aliás, reconhece, no nome do festival a princípio escalado para 27 de março, um programa radiofônico há dois anos e meio no ar. E o site desse programa, lançado em junho. É dos produtores do Coquetel Molotov - quatro jovens estudantes de Comunicação Social e um jornalista formado - a idéia de conceber um festival que trouxesse para o Recife o grupo escocês, cultuadíssimo desde anos 1990, autor de CDs igualmente festejados (Bandwagonesque - 1995, Grand Prix - 1997), de formatar os pensamentos num projeto e inscrevê-lo numa lei federal de incentivo à cultura, a Rouanet do Ministério da Cultura, onde foi aprovado em agosto, no valor de R$ 98 mil.
Ana Garcia, Jarmeson de Lima, Tathianna Nunes, Thiago Marinho e Viviane Menezes bolaram o No Ar quando foram alijados da programação da rádio Universitária AM em outubro de 2002, antes de serem convidados pela Teclados FM, de onde migraram para a Pernambuco FM. "Não queríamos ficar parados e pensamos no site e no festival", conta Jarmeson.
Enquanto a geração de conteúdo para o site andava, o projeto do No Ar prosseguia. Enviado para análise no ministério, o festival ganhou sua âncora por acaso. Ana, que mora em São Paulo e já conhecia Eduardo Ramos, da Slag Records, ficou amiga de Francis McDonald, um dos fundadores do quarteto bretão.
"Francis veio ao Brasil com o Nice Man, seu projeto solo. Na mesma noite em que o conheci, rolou, meio na brincadeira, o conversa dele vir com o Teenage para uma turnê no Brasil. Ele topou na hora", diz Ana. Daí veio a uniãocom a Slag para o braço paulistano e a certeza de que o TF seria o carro-chefe de uma noite que terá representantes do rock'n'roll local e da cena indie nacional. "De Recife, tocam Profiterólis e Vamoz!. Do Rio, vem Pelvs e de São Paulo, o Hurtmold", revela Viviane.
E agora? "Estamos atrás de patrocinadores que entendam o que é o projeto", aponta Ana. "E que entendam a repercussão que o festival vai ter. Um único show do Teenage aqui gera mídia e atrai gente de toda a região", diz Thiago. Os produtores seguem a romaria dos empreendendores que vêem seus projetos carimbados pelo Minc mas sem ninguém para bancá-los. "No Nordeste é difícil, ninguém conhece bem a banda e as pessoas ficam com medo de investir", resume Ana Garcia.
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Viviane at 1:03:00 PM
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