sábado, novembro 29, 2003
Gal, Du, Paulo, Fê, Ju, Diego... vão se preparando:
Diretor de "O Senhor dos Anéis" guardou o melhor para o final
Por Melanie Carroll
WELLINGTON (Reuters) - "É bom. Não, é fantástico! É o melhor dos três", disse o ator Billy Boyd.
É previsível que Boyd -- também conhecido como o personagem Pippin Took -- se entusiasme com o último filme da trilogia "O Senhor dos Anéis", "O Retorno do Rei", que terá sua estréia mundial na segunda-feira, em Wellington, a capital da Nova Zelândia.
Mas os poucos comentários que vazaram das sessões de pré-estréia do filme parecem ser unânimes: o diretor Peter Jackson guardou o melhor para o fim.
"O Retorno do Rei" é o favorito de Jackson entre os três filmes e traz mais cenas de batalha por metro quadrado de celulóide do que os outros dois.
Baseado em um livro do acadêmico de Oxford J.R.R. Tolkien, os filmes estão entre os de maior bilheteria da história do cinema mundial.
Juntos, os dois primeiros da trilogia arrecadaram 1,8 bilhão de dólares, quantia comparável à de um outro fenômeno fantástico da telona, os filmes sobre o bruxinho Harry Potter.
Peter Jackson passou sete anos trabalhando obsessivamente no projeto.
"O Retorno do Rei" leva à conclusão a jornada dos hobbits Frodo (Elijah Wood) e Sam (Sean Astin) para destruir o anel mágico do qual depende o futuro da Terra Média.
Nessa empreitada, eles são ajudados e atrapalhados pelo grotesco Gollum (Andy Serkis), que quer de qualquer maneira recuperar o anel.
No segundo filme da série, os dois hobbits inocentes chegaram perto do império do mal de Mordor, onde pretendem atirar o anel num abismo sulfuroso, impedindo o mago do mal Sauron de conquistar o domínio total sobre a Terra Média.
"WELLYWOOD"
Parece correto que a estréia mundial da última parte da épica trilogia de Peter Jackson, que custou 300 milhões de dólares, aconteça em seu país natal, a Nova Zelândia, onde o diretor se tornou herói nacional.
A história sobre a luta entre o bem e o mal é um tema universal, mas a Nova Zelândia, mais conhecida por seu rebanho de 45 milhões de ovelhas e o time de rúgbi All Blacks, adotou com gosto a identidade de "lar da Terra Média".
Jackson, que estreou no cinema com filmes de baixo orçamento como "Fome Animal", transformou Wellington, onde foi rodada boa parte do filme, em "Wellywood".
A maioria dos principais atores da trilogia, incluindo Liv Tyler, Ian McKellen, Viggo Mortensen e Elijah Wood, vai voltar à capital neozelandesa para percorrer o glamouroso tapete vermelho, ao lado de outros 2.500 convidados.
Jackson, que teve dificuldade em convencer a New Line Cinema a financiar o projeto audacioso e, depois, lutou muito para que fosse feito na Nova Zelândia, foi extremamente elogiado pelos dois primeiros filmes da trilogia, que receberam um total de seis Oscar.
Ele está sendo visto como provável candidato ao Oscar de melhor diretor pelo terceiro.
PRÓXIMO PROJETO: "KING KONG"
O uso que ele fez das espetaculares paisagens da Nova Zelândia, os fantásticos efeitos especiais e sua capacidade de coordenar um elenco de milhares de pessoas trabalhando em locais diferentes por mais de 15 meses atraiu a atenção para seu estúdio, uma antiga fábrica desativada na periferia de Wellington.
Tendo concluído "O Senhor dos Anéis", Jackson já está trabalhando em seu próximo projeto, um remake do clássico "King Kong", algo com o qual ele sonha há muito tempo.
O governo da Nova Zelândia aproveitou ao máximo o potencial turístico e cinematográfico da trilogia, chegando a criar uma pasta ministerial específica para ela, chefiada pelo ministro Pete Hodgson.
Vários dos aviões da companhia aérea nacional foram pintados com personagens de "O Senhor dos Anéis". Além de moedas comemorativas, foram lançados selos com o rosto do sábio mago Gandalf.
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Viviane at 10:15:00 AM
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