sexta-feira, dezembro 02, 2005
Em clima de retrospectiva
Porque já é dois de dezembro, nossa! E 2005, definitivamente, escorreu rapidamente pelo ralo. Tinha tudo pra ser um ano bem difícil, mas acabou sendo apenas um ano logisticamente complicado. Se eu olhar rapidinho pra onde eu estava há doze meses - naquele estado de espírito "que-é-que-eu-faço-agora" que todo mundo experimenta depois de fechar um capítulo importante na vida (no caso, a pós-graduação), e comparar com o dia de hoje, é impressionante a quantidade de coisas que aconteceu. E eu ainda tenho coragem de reclamar pra bestest friend que às vezes me sinto entediada.
Profissionalmente, foi um ano e tanto - com sensação dupla de dever cumprido, porque a mudança da escola foi um passo importantíssimo pra todo mundo - uma atitude absurdamente corajosa da minha boss, e que graças a Deus e a uma equipe que gosta do que faz e se respeita, está dando muito certo. Quando eu vejo meus amigos reclamando (com toda a razão do mundo) de chefes sacanas, empresas que atrasam salário, ou não pagam, ou não assinam carteira, etc. etc. etc, "colegas" puxa-tapete e coisas do tipo, eu percebo que tive uma sorte danada -- o máximo de reclamação que eles ouvem de mim é um "puxa, que semana de cão" no sábado à noite, porque afinal de contas eu trabalho doze horas por dia e ninguém é de ferro.
Lógico que uma workaholic assumida tem uma vida social sacrificada e às vezes inexistente, mas eu consegui fortalecer amizades, ganhar outras (Deia e Juliana, os melhores presentes do ano), e recuperar antigas (Taci, minha amiga cineasta, que orgulho de você). Porque meus amigos são o meu alicerce, e não há nada do mundo que eu não faça por eles, mesmo de longe, mesmo trabalhando horas insanas e às vezes não conseguindo nem retornar uma ligação. Aqueles que me conhecem mesmo, e que conseguem me enxergar por detrás das crises de mau humor, da minha ironia às vezes cortante demais, e de uma atitude auto-suficiente que é verdadeira, sim, mas que não significa que eu não precise deles - eles sabem, porque eu faço questão de demonstrar, o quanto eles são importantes. E não há nada de errado em ir a uma corrida de F1 ou a um show sozinha. Eu já fiz isso. Mas compartilhar esses momentos com os amigos não tem comparação. Eu teria ido ao show do Ian McCulloch sozinha, mas foi muito melhor com a Beth e o Mau; teria ido ao GP Brasil em 2003 sozinha, mas com a Gil-com-o-queixo-no-muro-embaixo-do-temporal, foi duplamente inesquecível. E iria ao show do U2 sozinha, mas com a Dea e a Gil vai ser o máááááximo :)
E mesmo a situação mais difícil, a viagem do meu irmão, está sendo administrada de forma tranquila. Eu estava apavorada só de pensar como a minha mãe reagiria - ela e o moleque são a corda e a caçamba - mas ela está se mostrando surpreendentemente forte e equilibrada. E se ela está bem, eu e o meu pai conseguimos levar o resto adiante. Um ano, como 2005 provou, passa rápido.
Que venha 2006. :)
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Viviane at 9:23:00 AM
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