sábado, fevereiro 25, 2006
Eu me divirto com a cara de espanto das pessoas quando digo que não, não, de jeito nenhum, nem que me paguem, eu vou pro Carnaval. Galo, deusmelivreeguarde. Olinda, nem pensar. A cidade justifica o nome, mas a melhor época pra ver Olinda é em setembro, quando não está chovendo como em julho, não faz o calor absurdo de dezembro e janeiro, e não está lotada de gente subindo e descendo as ladeiras como loucos e empurrando você.
"Mas vai ficar fazendo o quê, Vicky???" é o que eu escuto duzentas vezes por dia. Ora, vou fazer o que faço sempre, só que no Carnaval eu tenho seis dias de folga.
Cinema, cinema, cinema, ver todos os filmes que não dá pra ver dando aula das oito da manhã às nove da noite de segunda a quinta e socada na facul sexta e sábado. Curtir meus amigos, que são quase todos workaholics descontrolados como eu, e fica difícil juntar mais de três ao mesmo tempo. Ler, desde Roland Barthes, pra facul (e eu tenho um trabalho pra entregar na sexta!), passando pelo Saturday do Ian McEwan, até uma novelização de 24 Horas, só pra divertir mesmo. Dormir, que eu ainda estou cansada da maratona U2. Ficar na minha cama comendo bombom alpino e lendo a Set e a Bizz.
E ainda tem o DVD do show do U2 em Sampa, que o fofíssimo do Mário, meu aluno, me deu de presente quinta-feira. Mal ponho os pés na sala de aula, nem conseguindo falar direito, e o garoto me estende o DVD com um sorrisão. E ainda pediu desculpa, porque comprou no camelô, lógico, e o cara que gravou perdeu as duas primeiras músicas. Dá pra imaginar isso? Claro que eu derreti completamente. Vocês entendem porque eu AMO o meu trabalho?
E as pessoas ainda reviram os olhos quando eu explico tudo isso, como se fosse impossível a pessoa se divertir durante o Carnaval sem vestir fantasias e torrar ao sol da Avenida Guararapes. Thanks, but no, thanks.
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Viviane at 10:17:00 AM
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