quinta-feira, novembro 02, 2006
Novembro? Como assim, Bial?
Vou seguir o exemplo do Kelnner e tentar colocar isso aqui em dia. Do jeito que as coisas andam, vou terminar fazendo uma atualização mensal, mas...
Anyway.
Outubro foi complicado. O termo é esse mesmo, complicado. Parece que o mês passou por cima de mim - sabem quando você se vê no meio de uma multidão e as pessoas começam a empurrar e você acaba indo pra onde não queria, sem ver a direção? Pois é.
Lógico que há a questão tempo x coisas a fazer. Tudo funcionaria melhor se eu fosse uma pessoa organizada (como a minha mãe, que tem TUDO sob controle), mas não. Eu sou uma pequena catástrofe. E tudo tem contribuído para uma grande confusão à minha volta: AINDA não nos mudamos (sim, minha vida se resume a um amontoado de caixas), meu horário de trabalho muda de acordo com os feriados (eu tenho que cumprir carga horária, o que significa que feriados devem ser compensados), meu jeito de estabelecer prioridades é insano e a cobrança em cima de mim é sempre monstra.
Ok. Enough whining.
Mas o stress foi grande, e como bem disse a Virág, o baque do meio do mês foi suficiente pra tirar todo mundo dos eixos. Sendo espiritualista, aprendi a ver as coisas na dimensão finita que elas têm, e tenho certeza de que existe muito além dessa vida; mas quando uma pessoa querida se vai, é impossível pensar de forma puramente racional, principalmente quando outras pessoas queridas estão sofrendo e a única coisa que está ao seu alcance é estar por perto. De qualquer forma, foi mais um aprendizado - e se posso dar um conselho a alguém, é o seguinte: escolha bem seus amigos, e conserve-os. Na hora em que tudo cai sobre a sua cabeça, eles são sua rede de segurança. E eu sou muito privilegiada a esse respeito.
Daí, no final do mês, um motoqueiro imbecil resolveu brincar de tiro-ao-alvo com o pára-choque do meu carro. Meu irmão estava dirigindo, com mamãe no banco do passageiro, e graças a Deus os dois só passaram um susto grande, mas foi mais um motivo de aborrecimento. O lado engraçado da história, se é que dá pra achar graça em um acidente de carro, foi o jeito que o moleque me deu a notícia: no meio da minha aula de antropologia, o celular toca e ele solta a pérola: "Vivi, você tem o número do seguro do carro aí com você?" Claro que meu coração falhou uma batida na hora. Isso foi no sábado de manhã. No domingo à noite, estou voltando do cinema, com meus amigos comigo no carro, quando outro imbecil resolve fazer uma curva na minha frente - eu estava na faixa da esquerda, ele na da direita, e ele simplesmente resolveu entrar na rua à minha esquerda - ou seja, cortar A AVENIDA e dobrar, sem dar seta, sem buzinar e ignorando o fato de que eu estava na faixa ao lado. Ainda bem que meu reflexo é rápido e evitei entrar com tudo na porta do idiota - mas arranhei meu pára-choque dianteiro (a porta dele deve ter ficado sem tinta, pelo menos). Agora, imaginem o quanto eu xinguei essa pessoa.
Adicionem a essa equação a missa mais esquizofrênica que eu assisti na minha vida (com um padre evidentemente chapado, falando do jogo do Sport logo depois de citar os nomes das pessoas que haviam falecido durante a semana, e criancinhas correndo e gritando pela nave principal com a conivência dos pais), uma completa indefinição de horários na faculdade e uma quantidade de trabalho enorme, e vocês têm outubro.
Mas há consolos, obviamente: a festa de aniversário do Kelnner (juro que achei que fosse passar mal de tanto rir); o chá de papel da Virág; cinema, obviamente; e um passo à frente na definição do meu projeto de monografia, minha prioridade número um atualmente e que está indo na direção certa. E, last but not least: Alonso bicampeão! Yay!
Ufa. Acho que por enquanto é só. :)
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Viviane at 8:57:00 PM
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