sexta-feira, novembro 10, 2006
O que é de gosto, regala a vida, como dizia minha avó
Regalo, em espanhol, quer dizer presente. E a noite de ontem foi exatamente isso. Fomos assistir a Camerata Sinfônica de Budapeste: eu, Gal, Virág e Priscila. O concerto foi perfeito - Mozart, Tchaikovsky (meu compositor preferido, ao lado de Chopin), Vivaldi e, obviamente, Bartók, para alegria da nossa húngara querida (meu lado torturador-Jack-Bauer aflorou e eu ameacei a Virág de contar pro pessoal da TV Globo que ela é húngara - imaginem o mico que ela ia pagar). O único defeito: foi curto demais, cerca de uma hora.
Agora, podem me chamar de chata, intolerante e etc, mas uma coisa com que eu NUNCA vou me conformar é essa mania das platéias aqui em Recife aplaudirem na pausa entre os movimentos. Dá vontade de bater nas pessoas. Teoricamente, um público acostumado com música clássica deveria saber que a peça só termina quando os músicos depõem os instrumentos. Não é tão difícil assim, é?
Eu me lembrei de quando fomos assistir um concerto da Sinfônica do Recife no Santa Izabel e um espectador perdeu as estribeiras e berrou "não se aplaude entre os movimentos!!!". Lógico que a emenda foi pior que o soneto - se os outros são ignorantes, ele é mal-educado. O maestro, Osman Gioia, coitado, ficou constrangidíssimo, mas se saiu muito bem: "pessoal, realmente o protocolo pede que não se aplauda entre movimentos, mas a orquestra agradece o carinho..."
Anyway, foi lindo, e melhor ainda foi ver a alegria da Virág. Você merece, querida! :)
posted by
Viviane at 9:00:00 AM
|