terça-feira, dezembro 19, 2006
Bond, James Bond
Eu confesso que quando descobri que Daniel Craig ia fazer o papel de 007 substituindo Pierce Brosnan, torci o nariz. Minha única referência do Craig era péssima - ele fez o Ted Hughes em Sylvia, e eu odiei o filme - e eu não vi muita coisa nele, pra ser sincera.
Quando ele apareceu em Munique, eu pensei "é, até pode ser". Mas ainda estava meio assim - com nomes como Clive Owen e Hugh Jackman na lista, como aquele cidadão tinha ganho o papel?
Pois fui ver Casino Royale domingo, meio que arrastando a Gal, que estava com os dois pés atrás, e as duas quebraram a cara. O filme é excelente - sem as maluquices tipo pular-da-motocicleta-para-dentro-de-um-avião-caindo e castelos-de-gelo-mais-vilões-que-não-sentem-dor, que, tá, eram divertidas, mas já estavam caindo no ridículo - e o Daniel Craig imprime um ar de perigo ao jovem Bond que, se bem trabalhado nos próximos filmes, vai dar muito certo. Nada do deboche de Roger Moore, nem da classe de Pierce Brosnan - ele chega mais perto da ironia refinada de Sean Connery (nem comento o Timothy Dalton - AQUILO foi um erro de casting), embora o personagem ainda apareça um tanto imaturo e impulsivo. Como filme de ação, é impecável. E, pasmem - temos uma Bond Girl inteligente! A Vesper Lynd (que nome...) de Eva Green (linda de dar raiva) não é meramente um acessório decorativo; ela é peça-chave na trama.
Anyway, a sequência inicial já dá o tom do filme, e quando o Craig dá o famoso tiro em direção à câmera, você já está acreditando que ele é 007. Confiem em mim. O rapaz dá conta.
E quem é fã da série vai se deliciar com as brincadeiras espalhadas pelo filme, como a história com o Martini e as tiradas de M (a deusa Judi Dench): "sabia que era cedo demais pra promover você..."
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Viviane at 11:55:00 AM
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