terça-feira, janeiro 16, 2007
Until we meet again, may God hold you on the palm of His hand
Tive a alegria de conhecer a Meg durante as férias que passei no Rio em 2003. Já nos comunicávamos há alguns meses, via comentários nos blogs uma da outra, e um ocasional email. Tínhamos em comum, além da mesma cidade natal, um amor profundo pelos livros e pelo cinema, uma curiosidade enorme e o vício declarado pela internet.
Quando liguei pra ela, avisando que estava em Copacabana, parecia que éramos amigas de infância. Passamos uns 40 minutos conversando antes que ela me convencesse que não, não seria incômodo nenhum se eu fosse visitá-la.
Dizem que é fácil conhecer uma pessoa pela sua casa. O apartamento dela era aconchegante, a sala cheia de CDs, música tocando baixinho, cheiro de café vindo da cozinha (que ela tinha mandado fazer pra mim). O escritório dela, onde ficava o computador, tinha livros praticamente caindo das prateleiras. E ela sabia exatamente onde cada um estava.
Meg era de uma generosidade arrebatadora e de um encanto irresistível. Era impossível dizer não a ela. Lembro que ela me arrastou, sem se importar com os meus jeans e camiseta, para um restaurante chiquérrimo onde era óbvio que todos a adoravam; uma das melhores mesas era para ela, a solicitude dos garçons não era mera obrigação. Mesmo enfraquecida, fez questão de caminhar de seu apartamento até uma coffee shop que ela insistia que era a minha cara. Ligou para alguns amigos blogueiros, como a Letti, para que eles me conhecessem, mesmo por telefone. Conheci a Elis na casa dela, e percebi que ela tratava a todos com o mesmo carinho, a mesma doçura.
E agora estamos todos um pouco perdidos no blogverso que ela adorava tanto. Mas, se cada um tem o céu que merece, aposto que ela está ouvindo James Brown, conversando com Robert Altman, ouvindo Borges recitando só pra ela, e encantando a eles também com sua me(i)guice.
So long, darling.
Da sempre sua, Viv.
posted by
Viviane at 10:57:00 AM
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