terça-feira, janeiro 29, 2008
Atonement
Fui ver ontem, com o Daniel, e desidratei. Aguentei firme até o finalzinho, na cena da praia, e aí desmontei feito castelinho de Lego. Jesus, que filme absurdamente lindo.
Eu já tinha gostado da direção do Joe Wright em Orgulho e Preconceito, mas o trabalho dele aqui é estupendo. O plano-sequência que mostra o olhar de Robbie sobre a retirada das tropas britânicas da França é de tirar o fôlego (Daniel ficou pasmo). E a delicadeza com que Wright retrata o relacionamento cheio de nuances entre Cecilia e Robbie?
A história não é apenas sobre reparação (o mais simples, e mais adequado, título original, baseado em romance de Ian McEwan). É sobre o que poderia ter sido, e as consequências das escolhas que fazemos, e como lidamos com elas. E é esta a magia do cinema, e da literatura: podemos mudar o final. Podemos voltar ao que teria sido. Na imaginação, tudo é possível - e quem pode dizer que nunca passou por uma situação sobre a qual ainda pensa "e se..."? Afinal, como disse Shakespeare, somos nós a matéria da qual se faz os sonhos...
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Viviane at 10:56:00 AM
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