terça-feira, julho 29, 2008
Trinta dias
Catorze países, vinte cidades. E um mês que valeu por uma vida.
A frase definitiva dessa aventura, eu ouvi em Praga: "the one who wanders is never lost". Descobri que sou uma "wanderer" e que embora eu tenha raízes sólidas formadas - principalmente do lado profissional - no fundo, no fundo, o meu objetivo de vida é me jogar no mundo. Conhecer (e reconhecer, acredito) lugares e pessoas. Virar esquinas sem mapa e fazer amigos no meio da rua.
O que seria um passeio de férias foi a experiência mais fantástica da minha vida. Desde o momento em que cheguei em Paris, parecia que eu estava vivendo em outra dimensão, tamanha a intensidade de tudo o que aconteceu. Londres, como sempre, me tirou completamente dos eixos - no bom sentido, graças a Deus - e cada vez mais eu tenho a certeza de que mesmo que eu nunca vá morar lá definitivamente, aquela cidade é o centro geográfico da minha vida.
Tive longas horas olhando pela janela dos trens pra pensar em muita coisa, colocar a cabeça no lugar e aprender a ouvir mais minha intuição do que minha razão (que às vezes é incrivelmente burra). Foi uma chance rara - ter tempo exclusivamente pra mim, e me desligar de absolutamente tudo. E viajar pra longe, às vezes, faz com que você viaje para dentro de si mesmo e observe o que te faz e não te faz feliz. É bom quando você se surpreende consigo mesma - como foi o meu caso em algumas situações críticas este mês. E é bom ver que você tem muito mais coragem do que imaginava.
Acabou por enquanto. Ainda há muito chão pela frente.
posted by
Viviane at 10:50:00 AM
|